Há quatro anos…
Morreu Savimbi em combate, no Leste de Angola. Foi exibida pela Televisão Pública de Angola(TPA) a imagem do corpo de Jonas Savimbi cravado de balas, moscas e profanado. Para quem tinha dúvidas ou alguma esperança no regresso do líder ou numa reviravolta, tudo ficava claro. Era chegado o fim de uma odisseia começada em 1966 no leste de Angola.
Há quatro anos…
Nasceu um duplo desafio para o General Paulo Lukamba “Gato”: 1º parar as hostilidades e devolver a paz aos angolanos; 2º salvar a UNITA de um fim inglório e transformá-la num partido político capaz de abraçar a disputa político, sem recorrer a meios militares.
Há quatro anos…
O General “Gato” mostrou-se à altura do acontecimento e das circunstancias. Por um lado, suspendeu as hostilidades e entabulou negociações com as FAA, assinando-se um cessar fogo, que teria na assinatura do memorando de entendimento, em Luanda na casa mãe das leis, o seu ponto alto. Por outro lado, o General “Gato” começou a percorrer o longo e difícil caminho da unificação e transformação da UNITA. É um caminho que teve o seu ponto alto no congresso que elegeu o Sr. Samakuva como presidente da UNITA. A unidade da UNITA permanece difícil, com altos e baixos…
Quatro anos depois…
A paz é uma realidade inquestionável. O mérito do presidente da república, o engenheiro José Eduardo dos Santos, na conquista da paz militar é incontornável. Os frutos da paz são visíveis na livre circulação de pessoas e bens, na reabilitação das infra-estruturas, na estabilização macro-económica, na corrida de investidores estrangeiros…
Quatro anos depois…
A defesa e garantia dos direitos e liberdades fundamentais dos angolanos é feita de modo tímido ou insipiente. A igualdade perante a lei é uma miragem, para a maioria dos angolanos. A juventude rural e das periferias das grandes cidades continua condenada a um desemprego crónico, quando não está sub-empregada. Os salários da função pública permanecem aquém do custo de vida…
Quatro anos depois…
Continuamos a espera da normalização das instituições políticas do país. As eleições continuam no segredo dos deuses. A oposição e o partido no poder continuam com agendas desencontradas. As grandes questões nacionais ainda são monopólio e privilégio dos “iluminados” dos partidos, “grandes intérpretes” do pensar e sentir nacional. O investimento na educação e na saúde, que mais não são senão o investimento no Homem Angolano e no futuro do país, são uma miragem.
Quatro anos depois…
A UNITA ainda vive os seus dramas e o sonho de ser o maior partido da oposição. A FNLA continua abraços com a sua crise interna de liderança. Os outros todos não inspiram segurança enquanto alternativa ao governo do MPLA… Por esse andar, quando as eleições forem anunciadas, não é muito difícil prever que sirvam para confirmar o óbvio…
Quatro anos depois…
Consola-me saber que pesa sobre a nossa geração, gravemente privada de oportunidades, o desafio de trabalhar e lutar por uma democracia pluralista em Angola e não apenas eleitoral. Esse desafio já começou e temos de procurar pelas oportunidades já que elas tardam em aparecer ou manifestar-se de forma clara e transparente. Eu acredito na nossa geração…
Morreu Savimbi em combate, no Leste de Angola. Foi exibida pela Televisão Pública de Angola(TPA) a imagem do corpo de Jonas Savimbi cravado de balas, moscas e profanado. Para quem tinha dúvidas ou alguma esperança no regresso do líder ou numa reviravolta, tudo ficava claro. Era chegado o fim de uma odisseia começada em 1966 no leste de Angola.
Há quatro anos…
Nasceu um duplo desafio para o General Paulo Lukamba “Gato”: 1º parar as hostilidades e devolver a paz aos angolanos; 2º salvar a UNITA de um fim inglório e transformá-la num partido político capaz de abraçar a disputa político, sem recorrer a meios militares.
Há quatro anos…
O General “Gato” mostrou-se à altura do acontecimento e das circunstancias. Por um lado, suspendeu as hostilidades e entabulou negociações com as FAA, assinando-se um cessar fogo, que teria na assinatura do memorando de entendimento, em Luanda na casa mãe das leis, o seu ponto alto. Por outro lado, o General “Gato” começou a percorrer o longo e difícil caminho da unificação e transformação da UNITA. É um caminho que teve o seu ponto alto no congresso que elegeu o Sr. Samakuva como presidente da UNITA. A unidade da UNITA permanece difícil, com altos e baixos…
Quatro anos depois…
A paz é uma realidade inquestionável. O mérito do presidente da república, o engenheiro José Eduardo dos Santos, na conquista da paz militar é incontornável. Os frutos da paz são visíveis na livre circulação de pessoas e bens, na reabilitação das infra-estruturas, na estabilização macro-económica, na corrida de investidores estrangeiros…
Quatro anos depois…
A defesa e garantia dos direitos e liberdades fundamentais dos angolanos é feita de modo tímido ou insipiente. A igualdade perante a lei é uma miragem, para a maioria dos angolanos. A juventude rural e das periferias das grandes cidades continua condenada a um desemprego crónico, quando não está sub-empregada. Os salários da função pública permanecem aquém do custo de vida…
Quatro anos depois…
Continuamos a espera da normalização das instituições políticas do país. As eleições continuam no segredo dos deuses. A oposição e o partido no poder continuam com agendas desencontradas. As grandes questões nacionais ainda são monopólio e privilégio dos “iluminados” dos partidos, “grandes intérpretes” do pensar e sentir nacional. O investimento na educação e na saúde, que mais não são senão o investimento no Homem Angolano e no futuro do país, são uma miragem.
Quatro anos depois…
A UNITA ainda vive os seus dramas e o sonho de ser o maior partido da oposição. A FNLA continua abraços com a sua crise interna de liderança. Os outros todos não inspiram segurança enquanto alternativa ao governo do MPLA… Por esse andar, quando as eleições forem anunciadas, não é muito difícil prever que sirvam para confirmar o óbvio…
Quatro anos depois…
Consola-me saber que pesa sobre a nossa geração, gravemente privada de oportunidades, o desafio de trabalhar e lutar por uma democracia pluralista em Angola e não apenas eleitoral. Esse desafio já começou e temos de procurar pelas oportunidades já que elas tardam em aparecer ou manifestar-se de forma clara e transparente. Eu acredito na nossa geração…
Upindi Pacatolo
3 comentários:
Ndikasi luyhayele, puãi ndalikapa o'kombulutu kokuti lotembo yokulisangapo love sikwatakwata. Amamako! Osai yapita, voka boletim kamwe yusinaihã ndakapamo okatchitayo kove kana katukola kati "O imaginário das nossas patrícias", lokulekisa upi wakasoseha kwenda ocitumalo cye covirtual. Vangetchele puãi evelo liokukupinga sakwatele. Vasalepo ciwa. Ame ukwene, Gociante Patissa.
amigo Pacatolo. Antes de mais lhe dou os parabéns pelo seu blog que visito com regularidade. neste momento estou a fazer uma denúncia de um blog absolutamente nojento que fala do nosso país qui pode não estar bem mas qui não merece isto.
devia-se poder fazer algo. é revoltante tanto racismo e saudisismo sujo.
aqui: http://kulatra.blogspot.com/
João Francisco,
É sempre bom estarmos atentos ao que nos rodeia e denunciar o que entendemos dever fazê-lo.
Neste aspecto o meu caro João Francisco vive num país extremamente rico em acontecimentos, factos e omissões denunciáveis pelo que não compreendo porque se preocupa com um blogue que mais não visa que entreter os seus frequentadores e denunciar aquilo que o meu caro João Francisco e outros possivelmente como o João Francisco não conseguem, não querem ou não sabem fazer.
Num país que vê morrer diariamente as suas crianças de fome e de doença, num país em que o fosso entre os bem instalados no poder e o POVO ANGOLANO é cada vez maior, num país em que a corrupção é palavra de ordem, num país que tem como presidente um dos homens mais corruptos do mundo a conta com a justiça europeia nomeadamente no caso Angolagate, num país onde nãp há liberdade de expressão, num país onde os direitos humanos não existem, etc, etc, preocupar-se com um blogue que denuncia essas situações é no mínimo arrepiante porque quem o devia fazer em primeiro lugar era o João Francisco e outros "Joões" que diariamente sabem que Angola não é do POVO ANGOLANO mas de uma meia dúzia de "espertos" que não se importam de ver o seu POVO na miséria a troco do enchimento da carteira.
Gostaria de lhe dizer que não somos em nada racistas e que se encontrat o que quer que seja que aponte para o racisco que nos informe que corrigiremos as intervenções que colocamos no blogue.
Agora, meu caro João Francisco, não precisa de ter os seus olhinhos abertos para denunciar tudo o que sabe existir na sua e minha Angola.
Obrigado e DENUNCIE O QUE FOR DENUNCIÁVEL...
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